Cientistas criam, sem querer, bateria que dura para sempre

11:56
As grandes descobertas acontecem por “acidente”.


Cientistas criam, sem querer, bateria que dura para sempre
foto: Divulgação. - blog de brasileiro

Na Universidade da Califórnia, em Irvine, nos Estados Unidos os cientistas estavam procurando uma forma de substituir o lítio líquido das baterias, por uma opção mais sólida e segura – as baterias de lítio são extremamente combustíveis e muito sensíveis à temperatura.

De repente eles criaram uma bateria 400 vezes mais eficiente que as atuais. Testes feitos com nanocabos de ouro recobertos com um gel de eletrólitos descobriram que a nova bateria era incrivelmente resistente.



Segundo o estudo, após submeter a bateria a 200 mil ciclos, ela só perdeu 5% de sua carga máxima.

Durante muito tempo, os cientistas fizeram testes com nanocabos para baterias.

Isso porque eles são milhares de vezes mais finos que o cabelo humano, altamente condutores e contam com uma superfície ampla para o armazenamento e transferência de elétrons.

O problema é que esses filamentos são extremamente frágeis e não aguentavam a pressão de carga e descarga.

A descoberta

Um dia a estudante de doutorado Mya Le Thai decidiu colocar nestes delicados fios uma capa de gel.

“Mya estava ‘brincando’ e cobriu tudo com uma fina capa de gel antes de começar o ciclo”, explicou Reginald Penner, conselheiro do departamento de química da Universidade da Califórnia em Irvine.

“Descobriu que apenas usando este gel (de eletrólitos) podia submetê-los a ciclos (de carga e descarga) centenas de milhares de vezes sem que perdessem sua capacidade”, diz.

Ela fez isso durante três meses.

“Isso é incrível porque essas bateria tipicamente morrem depois de 5 mil ou 6 mil ciclos, 7 mil no máximo”, acrescenta.

Penner contou à revista Popular Science que, quando começaram a testar os dispositivos, se deram conta de que as baterias não iam morrer.

Os especialistas acreditam que a efetividade da bateria de Irvine se deve ao fato de a substância viscosa plastificar o óxido metálico na bateria e lhe dar flexibilidade, o que evita rachaduras.

“O eletrodo revestido mantém sua forma muito melhor, o que faz com que seja uma opção mais confiável”, explicou Thai.

“Esta pesquisa prova que as baterias com nanocabos de ouro podem ter uma vida longa e que são uma realidade”, acrescentou.

No celular

Mas ainda resta um longo caminho antes que estas baterias comecem a ser vistas em nossos celulares.

Por mais finos que sejam esses filamentos, eles são de ouro, o que faz com que as baterias sejam muito caras para fabricação em massa.

Para solucionar este problema, Penner sugeriu a Popular Science a possibilidade de substituir o ouro por uma metal mais comum, como o níquel.

Fonte:  BBC, sónoticiaboa

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